Série - Luke Cage (1ª Temporada)


O lançamento mais recente da parceria entre Marvel e Netflix já está no ar e já chegou causando algumas discussões. Luke Cage conta a história de um homem negro que tem a pele indestrutível, ou quase isso (os que já viram a série vão entender), e todos os problemas que surgem involuntariamente na sua vida.

O personagem em si já havia sido introduzido na série Jessica Jones, também da Netflix, porém sua história não tinha sido contata com detalhes e por isso foi interessante acompanhar sua série solo.

A série começa com Luke trabalhando em um salão de beleza no Harlem, bairro em Nova York, como faxineiro. O bairro Harlem, assim como Hell’s Kitchen na série do Demolidor, pode ser considerado um personagem a parte, pois é um bairro de muita história principalmente para a comunidade afrodescendente americana.

Luke Cage foi um personagem nos quadrinhos que quebrou diversos preconceitos, pois foi um dos primeiros heróis negro a estrelar um quadrinho em uma época que o Estados Unidos passava por conflitos raciais.

Esses conflitos são sentidos até hoje basta olhar o noticiário americano, e isso é demonstrado na série de forma bem crua e nua, o que faz a série ser bem diferente de todas as outras até então.

A principal qualidade da série é justamente mostrar a comunidade negra americana de uma forma nunca antes vista, o que acaba gerando certo desconforto para algumas pessoas, porém é muito importante que isso ocorra para mostrar que essa comunidade tem muita história e que o país deve muito a eles.

Porém essa qualidade também acaba sendo um defeito da série, pois a série faz questão de fazer inúmeras referências que acabam sendo desconhecidas pelo público em geral, principalmente para uma série com alcance mundial. 

Dentre as três séries já lançadas da parceria entre Marvel e Netflix, Demolidor, Jessica Jones e Luke Cage, Luke Cage foi a que menos me empolgou, mas não por esse defeito que citei, mas sim pelo desenrolar da história. A sensação que tive ao longo dos episódios é que muita coisa poderia ter sido excluída ou adiantada, o que seria bom para fazer a história fluir mais naturalmente.

Em relação aos personagens somos novamente apresentados a “pessoas comuns” e isso é uma outra qualidade dessa parceria, pois assim nos identificamos mais facilmente com esses personagens. A personagem que mais me cativou foi a enfermeira Claire Temple devido ao seu temperamento forte e decidido, personagem esse que foi apresentado na série do Demolidor.

A Netflix continua mantendo de forma coesa seu universo, sempre fazendo referências sobre os filmes e sobre as suas outras séries de super-heróis, mas sempre mantendo também uma singularidade em suas produções.

Acredito que Luke Cage poderia ter feito mais, porém ela passa longe de ser uma série ruim. Então se você tem curiosidade de conhecer mais sobre o bairro Harlem e a história da comunidade afro-americana, a série é um prato cheio. E o mais importante é não comparar essa série com Demolidor e Jessica Jones, pois todas elas são bem diferentes umas das outras.

Continuaria falando mais sobre a série e as minhas impressões sobre a série considerando o tempo que passei nos Estados Unidos, mas isso outra hora conto para vocês pois senão esse post não terá fim.

Obrigado pela leitura e até o próximo post.

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