Série - Looking (Telefilme)

É com grande tristeza que começo esse post, não pela qualidade do filme, mas sim por ser a última vez que vou falar dessa série que tanto marcou a minha vida. Looking começou como uma série sem grandes pretensões e com um desafio que é mostrar o dia a dia da comunidade LGBT. 
A série foi extremamente feliz ao demonstrar gays bem sucedidos nas áreas profissional e até mesmo pessoal, sem antes mostrar todos os dramas que acompanham um relacionamento entre pessoas do mesmo sexo. Looking tratou todos os principais problemas dessa comunidade de forma leve e divertida, mas sempre deixando uma mensagem de aceitação e cuidado.

São Francisco foi a cidade escolhida como “plano de fundo”, porém podemos considerar que a cidade funciona também como um quarto protagonista. Essa cidade mostra como a comunidade LGBT já adquiriu seu espaço, pois ela foi e ainda é o local de grandes lutas dessa comunidade.

Mas vamos ao que interessa que é o filme. O filme começa um ano após os eventos da segunda temporada, mostrando Patrick de volta a cidade para um casamento. Casamento esse que foi surpreendente devido quem estava casando, mas também foi muito condizente com a história desse casal. Se você pensou em Agustín e Eddie, acertou.

Agustín, na minha opinião, foi o personagem que mais evoluiu e amadureceu ao longo da série. Desde o começo conturbado com a arte até a aceitação dele com Eddie sendo HIV positivo pudemos acompanhar todos os problemas de aceitação que esse personagem passou, aceitação não pelo lado sexual mas sim pelo lado de quem ele queria ser como pessoa e profissional.

Continuando falando do trio principal, tivemos Dom que finalmente conseguiu abrir seu negócio de frango frito e que felizmente estava indo muito bem. Dom foi o personagem que teve menos foco nesse telefilme o que não prejudicou em nada a história, mas ficou aquele gostinho de quero mais.

E finalmente tivemos Patrick o nosso personagem principal do trio e da série. Logo de cara somos apresentados a um Patrick mais confiante e seguro de si, que resolveu mudar de cidade para tentar dar uma sacudida na sua vida. Sacudida essa que não adiantou muita coisa, pois quando ele volta para São Francisco todos os “problemas” da sua vida voltam.

Primeiro tivemos o reencontro dele com Richie, mostrando toda a tensão existente entre eles. Tensão que mostra que ainda existe amor, carinho, e principalmente que a história deles ainda não acabou. Depois fomos reencontrar Kevin e entender o que realmente aconteceu nesse um ano que Patrick mudou de cidade.

Kevin voltou para seu antigo noivo, mas se mostrou ainda apaixonado por Patrick mesmo que ele estivesse magoado com ele por ele não ter tentado fazer a relação deles dar certo. Meio confuso né, mas acho que deu pra entender.

E é claro que também tivemos Doris. E antes de falar qualquer coisa tenho que falar que foi uma personagem simplesmente sensacional. Entre todos os personagens, Doris nunca esteve para baixo, nem mesmo quando seu pai morreu na segunda temporada. Ela continua feliz com Malik e planeja aumentar a família logo.

E no final do telefilme tivemos o que estávamos esperando, a volta de Richie e Patrick (Pato). Como foi mostrado no filme o casal ainda tem muita história para ser vivida e eles resolveram tentar mais uma vez, mas dessa vez com Patrick se jogando na mesma intensidade de Richie.

O que mais me agradou nesse final é que na verdade ele não foi um final, mas sim um novo começo. A série começou já mostrando o dia a dia do nosso trio e as pessoas que rondam eles e terminou da mesma maneira, mostrando que a vida segue, e que muitos desafios e conquistas ainda esperam Patrick, Agustín e Dom.

Depois de um longo post, me despeço dessa série magnifica. Muitos podem não concordar comigo quando eu digo que a série é magnifica ou sensacional, mas Looking é aquela série que mostra que os gays e a comunidade LGBT não diferem em nada da família “tradicional”.

Espero que vocês tenham gostado do filme e da série, e vamos torcer para a HBO resolver fazer outra série nesse universo, com personagens tão cativantes e únicos.

Abraços e até o próximo post.

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